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terça-feira, maio 10, 2016

O TEMPO E SEUS MÚLTIPLOS

O TEMPO A SER RECONCILIADO COM O MÚLTIPLO O TEMPO A SER RECONCILIADO COM O MÚLTIPLO Odemar Leotti Construir alegria para seu dia é curtir a vida em sua forma intensa. É fazer com que ela se repita por longos tempos e que sejam repletos de alegria. Mas caso haja o inesperado que nos chega como um furação entristecendo nossas vidas, empalidecendo nossas alegrias, então é hora de aceitar esse momento e lutar para que seja o mais ameno possível. Para isso não devemos alimentar um tempo que nos envolve com uma chantagem da vida na posteridade. A vida acontece aqui agora e se está agindo contra nossas intensidade teremos que fazer uso da sabedoria e que seja farta para superar as dificuldades, caso aconteçam. Nossos anos de vida são às vezes, não em todos, mas em alguns eles são doados à luta dos oprimidos e contra a infâmia subjetivadora que joga nos guetos da vida todos aqueles que não se configuram como modelos servidores da lei do mercado. E que só se lembram deles na hora que aparecem nas estampas de jornais e televisores como alguém que feriu o contrato social. Só aí aparecem, pois só deixam de ser invisíveis quando cruzam com o poder. Por isso me orgulho de ver aqueles que se ombreiam na luta por um mundo melhor. Para falarmos em um mundo melhor, precisamos fazer uma ontologia do que seja o melhor nas qualificaçoes conceituais que se colocam como crítica desse mundo. O mundo nem sempre foi igual no uso de suas narrativas que arquitetam as inteligibilidades. Elas nunca agiram por maldade, mas simplesmente habitando lugares de saberes que definiram o “Outro” como produto de suas metáforas conceituadoras. Conceitos que se esqueceram que são conceitos e passam a agir no mundo constituindo-se como poder. Eles se materializam, se positivam atravessando os corpos, compondo instituições que agem sobre as açoes múltiplas inserindo-as, revalidando-as, requalificando-as, incluindo-as de forma excludente, porém na maior das perversidades de um inimigo infiltrado nos coraçoes e fazendo-o pulsar contra seus próprios impulsos. Como disse um sábio que foi apropriado três séculos após sua morte: a vida vale pelos que são comprometidos com os que sofrem, pois somente esses terão o reino. O reino é a vida restabelecida e o tempo reconciliado consigo mesmo e com suas múltiplas formas mundanas de subjetividades. Nossa luta, nossa dedicação deve estar servindo para como estandarte carregamos e que justifica esse caminhar. O reino que nos é recompensado é recíproco aos que confortamos na desigualdade da partilha. Porém devemos sair por aí e informar que os caminhos que o saber moderno nos oferece é um caminho abstrato que nunca andaremos. Porém se nos dermos as mãos numa nova empreitada, faremos com que esse caminho que se tornou sinistro aos povos, darão lugar para nossos desvios em busca se nossos recônditos lugares. LIBERDADE não se pede não se aceita das mãos de outros. Liberdade não é a que nos leva por uma eterna postergação de uma porta que nunca se abre. Liberdade é gozar na entrada e sorrir na saída e não sorrir na entrada e chorar batendo em uma porta que nunca mais quer se abrir àqueles que sonham em voltar para suas singularidades culturais e retomar um tempo dualizado por valores que constituíram saberes que despovoaram a terra e nos roubou nossas almas culturais.

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